
Hoje, celebra-se a Quinta-feira da Espiga ou Quinta-feira da Ascensão.
A celebração tem origem cristã e marca a subida de Jesus Cristo aos céus 40 dias após a ressurreição, ou seja, 40 dias após a Páscoa.
Em Portugal, país de forte tradição católica, o dia da Espiga foi feriado nacional até 1952, quando a data passou a ser celebrada apenas dentro da Igreja Católica no VII Domingo da Páscoa.
Mas ainda hoje, muitos municípios portugueses localizados em áreas rurais, mantem a tradição das celebrações do Dia da Espiga com muitas pessoas indo aos campos para colher espigas e flores para formar seu ramo e conservá-lo atrás da porta de casa. Um tradicional ramo de espiga deve conter espigas de trigo (sempre em número ímpar), um pequeno ramo de oliveira, papoilas, margaridas e varas de videira.
Cada flor no ramo da espiga tem um significado especial:
- espiga: é o elemento mais importante do ramo, representa o pão e prosperidade;
- malmequer: representa a fortura;
- papoila: representa o amor;
- ramo de oliveira: representa paz;
- alecrim: representa saúde;
- videira: representa alegria.
No município de Arruda dos Vinhos, pequena cidade do Distrito de Lisboa, o Dia da Espiga é um feriado municipal!

Há um ano tivemos a felicidade de participar de sua celebração, com direito a assistir a missa da Ascensão na Igreja da N.ª Sra. da Salvação, procissão à Senhora do Monte, Benção dos Campos na Ermida de N.ª Sra. do Monte e atuação do grupo de dança folclórica Rancho Folclórico Podas e Vindimas de Arruda dos Vinhos.






Para nós do Rio de Janeiro foi uma grande oportunidade de testemunhar a valorização das tradições regionais de uma cidade do campo localizada a apenas 30 min do centro de Lisboa.
Esse ano não haverá celebrações devido a pandemia do COVID-19. Esperamos que no próximo ano o Dia da Espiga possa ser celebrado como manda a sua tradição!